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A imperfeição é bela, a loucura é genial e é melhor ser absolutamente ridículo que absolutamente chato.

quarta-feira, setembro 15, 2010

Fatiga


Se é vida,não há mesmo por que deixar de ser...


 Mas que ânsia é essa,que vigia,acusando esse pudor que conservo,e, sem destreza,não nego;

É que esse ar envenenado,cria-me faces,e não me movo,por medo de safar-me.

Fora de qualquer alusão,repreendo-me genuínamente,por vergonha de acreditar
de insistir,de olhar,de velar,demonstrar,ou de beijar cheio de fatiga os olhos e lábios teus.

Mas algo é certo,contesto,nós não merecemos a tristeza que atribuímos a este mundo.


segunda-feira, setembro 06, 2010

Misantropia


    As madrugadas ébrias...

    Uma luxúria musical hilariante,composta por uma sequência de instintos próprios tão conjuradamente fortes,que produzia leve e determinado medo do esvanecimento da capacidade de raciocínio,por falta de meditação...

    Um gosto acre na boca,que não combinava nem com a docilidade da vida e nem com a fulgacidade de desejos de posse,obsessão,projeção...

    E o som,ah,o som - que era mesmo de instintos,e apenas instintos,tão soltos e gozadores de liberdade tais como cavalos selvagens....

    Ah,um mundo de sensações...entorpecentes,claro...

    As peles de tons fugídios que conservavam a aparência estética de transcedência lúcida por todas as águas claras habitadas por seres lúdicos e primórdios...

    Pioneiros gritaram pela rendição,desta vez dos instintos,únicos sobreviventes...Libertação?Coro de concordância!

    A agressão aos sentidos?Tomou formas jamais esquivas de equívocos e inequívocos...

    Os corpos como esculturas vivas em movimentos de chicotes faziam uma digna entonação quase teatral(se não fosse a nua presnça da realidade...)

    Incomensuravelmente antimonotomia e misantropo...Exagerado!

    Alcançado na rendição a transcendental meta;a alma vívida fora dos corpos,instintos arrebatados,o exaurir físico depois da luta por vida,ou além vida - Belo e Profundo Adormecer.